[TSF/Dinheiro Vivo] As barras energéticas já fazem parte da alimentação de quem pratica desporto ou de quem procura uma alimentação mais saudável. Porém, os preços nem sempre são atrativos. Foi essa a razão que motivou Henrique Vasconcelos a abrir uma empresa que em dois anos cresceu em Portugal, inaugurou uma fábrica no MARL e já olha além-fronteiras. A Wild Bran é especializada na produção de barras e bolas energéticas, querendo garantir que o consumidor tem acesso a um produto de qualidade e a baixo preço.
Henrique Vasconcelos tem apenas 25 anos e um enorme espírito empreendedor que o levou a deixar a universidade para apostar na sua empresa. “Inicialmente pensámos ter uma marca própria, mas rapidamente começámos a perceber que fazia mais sentido produzir para outras marcas”, explicou o fundador e gerente da Wild Bran, que trabalha com mais uma pessoa. E, com o passo dado com uma fábrica no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), irão ser contratadas mais duas.
A empresa nasceu em março de 2017 e foi inspirada num ato tão simples como a namorada de Henrique Vasconcelos trazer umas barras energéticas de Londres. “Eram fantásticas e havia pouca oferta cá. Achei que havia uma oportunidade de colocar alguns destes produtos de alimentação saudável [em Portugal].”
Os primeiros passos da Wild Bran foram dados através da distribuição deste tipo de produto. Porém, ao ver como o preço acabava por ser um pouco elevado quando chegava ao consumidor, o fundador da empresa viu mais uma oportunidade: “Começar a produzir cá em Portugal, de forma a oferecer o produto com um preço mais acessível ao consumidor.”
Afastada a ideia de uma marca própria, a Wild Bran cresceu a produzir barras e bolas energéticas e já o faz para dez marcas, número que poderá continuar a aumentar, pois o plano passa por chegar a outros países. “Queremos ter clientes fora de Portugal e já estamos a conseguir internacionalizar. Estamos a ter bastante resposta neste sentido”, disse, referindo como vai começar a exportar para a Alemanha. Acrescentou que o passo seguinte mais lógico será chegar a países próximos como Espanha e França.
Henrique Vasconcelos quer que o crescimento da empresa seja faseado, realçando ainda como a integração no Loures Inova foi uma ajuda para o desenvolvimento da startup, que já existia quando entrou na incubadora.
A nova fábrica no MARL é importante para ir cada vez mais além, com o responsável a admitir que serão feitos mais investimentos, sempre que necessário, para acompanhar o crescimento da Wild Bran, como a compra de mais maquinaria, por exemplo.
“O nosso objetivo como empresa é libertar quem tem uma marca, quem quer lançar um produto no mercado, de todas as preocupações inerentes à produção. A produção, toda a gente sabe, é uma chatice. A maioria das pessoas não quer estar envolvida. O nosso serviço é um bocado ficar com a chatice do nosso lado para as pessoas se focarem em lançar a marca, trabalhar a marca, trabalhar as vendas.”
Quanto aos ingredientes, a Wild Bran dá primazia aos produtores nacionais, salvo quando não é possível comprar no país. Henrique Vasconcelos explicou como se pode desenvolver o produto na empresa ou, se esta já o tiver, então a Wild Bran faz a produção, embala e entrega nos entrepostos logísticos.
CONVERSAS GRUPO SIMAB – TSF/DINHEIRO VIVO
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